A justiça restaurativa no
âmbito escolar tem a funcionalidade de reestabelecer a ordem respeitosamente
dentro do ambiente estudantil, pacificando o conflito a partir da realização de
rodas de conversa inclusivas em todas as esferas participativas do corpo da
escola, ou seja: professores, pais, alunos e colaboradores.
Nessas rodas acontecem os pontos de pauta,
onde são expostas as problemáticas de maneira escalada: raízes, porquês,
gatilhos, e pautas emocionais sobre os conflitos.
É perfeitamente comum que o
conflito exista, a maneira como lidamos, o famoso jogo de cintura do mediador é
que faz todo o diferencial, para que de fato o agressor, a criança que age de
maneira imprudente com outro colega, tenha compreensão e empatia,
reconhecimento e entendimento do ponto de vista do outro, o famoso ditado popular
já pontua que “quem apanha sempre se lembra, mas quem bate as vezes não se
recorda nem do por que.”
A justiça restaurativa tem o
papel reflexivo, que a simples punição sentenciada não tem.
A justiça restaurativa permite
que o agressor reconheça o erro e o repare com a mudança.
Não somos seres mecânicos,
somos movidos por sentimentos, interesses e ações, e é importante que exista o
respeito sobre o espaço e existência de outro ser com seus próprios interesses.
É uma abertura pontual e
partilha dos sentimentos gerados em cada um dos envolvidos no conflito, e das
pessoas que o cercam no ambiente escolar.
É muito importante porque dá a
liberdade de fomentação de sentimentos, esclarecimentos, e libertação do
trauma. Falar sobre algo que incomoda
ajuda todos os envolvidos no conflito, porque quanto mais falarmos, mais
lapidada fica a pauta, mais refletimos, mais fomentamos o processo de mudança.
Nosso papel é fazer da escola um catalizador de talentos e a escola um ambiente pacifico, de respeito e liberdade de aprendizado.
Créditos:
Fernanda Guares Zedra
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