Nos últimos anos, a mediação educacional tem se destacado, tanto no campo nacional como internacional.
Sendo uma alternativa à solução dos conflitos apresentados no âmbito escolar, já temos estudos indicativos de que a mediação fortalece as instituições educacionais no campo da elevada conflitualidade que se apresentam nas escolas.
O desafio é continuar desenvolvendo um trabalho que aborde o caráter democrático e de Liderança na Gestão. Temos que ampliar a prática da democracia reiterando a nossa missão de oportunizar a aprendizagem e a formação do estudante, com os profissionais da educação, as famílias e a sociedade de forma participativa.
A Mediação Educacional visa preservar, melhorar ou recuperar relações interpessoais que se encontram em conflito no ambiente escolar, sejam entre estudantes, profissionais, pais e equipe.
Importante ressaltar que não se pretende eliminar o conflito, o que seria impossível, mas buscar a sua regulação, a convivência não violenta.
Lembrando sempre, que o conflito não deve ser encarado com negatividade, pois quando bem trabalho ele se transforma em oportunidade de crescimento, sendo assim transformado em conflito positivo.
Os índices de desequilíbrio no ambiente escolar, nos apontam fatos reincidentes que ferem a cultura de uma harmônica convivência escolar.
Os conflitos em relações sociais dos estudantes são alguns dos problemas mais complicados de se resolver. Quando não são detectados, os desentendimentos podem elevar-se ao grau de farores de risco tais como o Bullying, Cyberbullying, Sexting, Homicídios e Suicídios.
Qualquer sinal, por mais simples que seja, precisa ser observado e tratado com especialistas como Mediadores Escolar, Psicólogos, Psiquiatras, Pais e Comunidade.
Nesse contexto, cabe ao gestor compreender as relações que se estabelecem no interior das instituições de ensino e ser capaz de negociar os conflitos que surgirem, esforçando-se para oferecer um ambiente saudável aos diversos níveis de convivência.
Sem dúvida, uma das tarefas mais difíceis para um gestor educacional é atuar diante da diversidade de comportamento.
O Mediador, devidamente capacitado para tal, com o consentimento das partes envolvidas poderá por meio do diálogo e do consenso mútuo chegar a uma solução satisfatória para todos.
Quanto aos envolvidos, eles têm a oportunidade de refletirem sobre seus atos, consequências, valores, e a real necessidade da Cultura da Paz na escola, fortalecendo assim a autonomia de cada envolvido, tornando-os responsáveis por uma sociedade mais salutar, um ambiente escolar mais seguro e produtivo.
Suzete Sammarco
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